Muito se teria a dizer sobre esse repositório de vivências e reflexões que tornam a crônica distante da falsa ideia que alguns dela fazem – um registro ligeiro de fatos e emoções que o leitor esquecerá mal acabe de ler. Um divertimento para as tardes de domingo, enquanto não chega a hora do futebol… Os textos de Aluísio mostram que ela não é nada disso. Pode-se com senso crítico, um olhar empático sobre o cotidiano das pessoas e um eficiente trabalho com a linguagem, transformar esse gênero num densa e por vezes hilária exposição das angústias e esperanças humanas. Ingredientes como esses fazem de “Memórias do Cotidiano” um livro que merece ser lido.